O soldado Bradley Manning se declarou culpado, nesta quinta-feira 928), por divulgar documentos sigilosos a uma terceira pessoa não autorizada, mas disse não ter ajudado o inimigo, a acusação mais grave que enfrenta.

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O acusado do maior vazamento de documentos secretos da história americana para o Wikileaks reconheceu através de seu advogado, David Coombs, ter possuído e transmitido a algumas pessoas não autorizadas informações sigilosas.

A juíza militar Denise Lind explicou posteriormente que isso implica ter "revelado sem autorização informações sigilosas a uma pessoa não autorizada".

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A declaração de culpa pode acarretar em uma pena mínima vinculada às acusações, as de menor gravidade das 22 que sofre do Governo americano, que suporia, provavelmente, 2 anos de prisão por cada acusação.

Se for declarado culpado pelas acusações mais graves, poderia enfrentar uma pena de prisão perpétua.

Manning respondeu rapidamente às perguntas da juíza, que lembrou ao soldado de 25 anos que com esta declaração admite ter utilizado de maneira inadequada vídeos secretos, memorandos e registros das operações no Iraque, Afeganistão e do Comando Sul.

Denise ressaltou que a acusação deverá provar durante o julgamento, que é esperado para julho, que a informação dada por Manning afeta a "defesa nacional" e que o soldado se excedeu em sua autoridade quando era analista de inteligência no Iraque.

Manning se declarou inocente da acusação de "ajudar o inimigo", a mais grave que enfrenta, e de ter colocado diretamente a informação na Internet.

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A declaração de culpabilidade de hoje não evita que a Procuradoria tente que Manning seja declarado culpado de todos as 22 acusações, já que não existiu acordo entre acusação e defesa.