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Buenos Aires – O Brasil decide se fará parte do Banco do Sul após uma reunião de ministros sul-americanos em 3 de maio em Quito. A informação foi dada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O projeto, proposto pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, é visto por analistas como um potencial concorrente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do qual os Estados Unidos são o maior acionista.

"Todos queremos criar instrumentos de financiamento para países da América do Sul. Vamos ter uma reunião em 3 de maio em Quito, da qual o ministro da Fazenda do Brasil vai participar junto com os ministros de Argentina, Venezuela... para que se discuta qual é a finalidade desse banco", disse Lula.

Pressionado pela imprensa para que defina se o Brasil entrará ou não no projeto, Lula disse: "Não há ninguém dentro ainda. Depois dessa reunião no Equador, se o ministro da Fazenda entender que o banco tem uma finalidade que pode ajudar a América do Sul, o Brasil não tem problema em participar", acrescentou.

O Brasil tem criado objeções à forma com foi apresentada o projeto e Lula, que passou meio dia em Buenos Aires para se reunir com o presidente argentino, Néstor Kirchner, deixou claro que ainda há muitos obstáculos. "Falta definir se é um banco de financiamento, é um banco para o desenvolvimento da região, qual será a participação de cada país, de que forma vamos participar", ressaltou.

"Para aderirmos a um banco é necessário que haja sustentabilidade na idéia, que seja uma instituição financeira de muita credibilidade e, para isso, necessitamos resolver toda e qualquer divergência política que exista", completou.

Criação

O Banco do Sul foi proposto em 22 de fevereiro durante assinaturas de 18 convênios entre Argentina e Venezuela. O objetivo da instituição é financiar projetos de desenvolvimento de países mais pobres da América do Sul.

O presidenrte da Venezuela, Hugo Chávez, deu alguns detalhes sobre a constituição da nova entidade financeira, que, segundo ele, se formará "com um capital inicial de US$ 1 bilhão" e que "terá 120 dias para a constituição e posterior assinatura do estatuto".

"Estão convidados todos os governos da América Latina", disse Chávez na ocasião. Ele adiantou que a sede central estará em Caracas, capital da Venezuela, e que haverá outra em Buenos Aires. Evo Morales, presidente da Bolívia, e Rafael Correa, do Equador, já comunicaram a intenção de "aderir" ao Banco do Sul.

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