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Zeralda, Argélia (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que está muito satisfeito com a realização das eleições no Haiti, mas condicionou a permanência de tropas brasileiras no país à consolidação das instituições pelo futuro governo haitiano. "Se o futuro governo considerar necessário, vamos continuar dando nossa contribuição", disse Lula durante viagem à África. O presidente afirmou que "finalmente eles descobriram que a democracia é a única oportunidade que eles têm de viver em paz e tranqüilidade". Lula advertiu que o futuro governo ainda terá de consolidar instrumentos de garantia da ordem interna e da estabilidade democrática no país.

O Brasil está à frente da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que conta com cerca de 9 mil soldados e está no país desde 2004. Na época, uma sangrenta revolta popular levou à saída do então presidente Jean-Bertrand Aristide, que fugiu para a África do Sul. Na terça-feira, os haitianos foram às urnas para eleger um novo presidente. O candidato favorito é René Préval, um ex-presidente e ex-aliado de Aristide. O mandato do comando do Brasil da missão de paz da ONU vai até agosto deste ano.

De acordo com o presidente, o "Brasil deu um exemplo de como é possível uma força de paz agir democraticamente e ganhar a confiança do povo, da comunidade internacional". "O dia em que os nossos soldados voltarem ao Brasil, voltarão de cabeça erguida, com orgulho do dever cumprido, mas isso ainda não tem prazo", concluiu.

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