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Chávez não ameaça

Davos – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, que seu homólogo venezuelano, Hugo Chávez, não representa uma "perturbação" à América Latina.

Além disso, Lula destacou que Chávez foi eleito três vezes consecutivas de forma democrática.

Já o presidente do México, Felipe Calderón, apelou ontem à unidade da América Latina para conseguir a transformação da região e melhorar suas oportunidades de crescimento econômico.

PAC e o crescimento

Davos – O presidente Lula aproveitou a ocasião do Fórum Econômico Mundial para apresentar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aos líderes, empresários e ministros reunidos em Davos. "A economia brasileira nunca esteve em uma situação tão privilegiada", disse, acrescentando que o País nunca teve um plano com a "abrangência" do PAC. O presidente reafirmou o compromisso do governo com a estabilidade macroeconômica e disse ainda que considera grandes os avanços sociais e econômicos registrados no país em seu primeiro mandato.

Juros: não há mágica

Davos - Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que gostaria de ter juros mais baixos no País, mas que isso não ocorrerá "através de um passe de mágica". Durante um seminário realizado em Davos, Lula defendeu a queda gradual das taxas, por meio do crescimento da confiança dos investidores e da sociedade.

"É verdade que todos nós gostaríamos que os juros fossem mais baixos do que são", disse o presidente. "Não há mágica em economia, mas sim, seriedade". Na quarta-feira, o Copom reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual.

Davos – O Brasil está disposto a fazer concessões no comércio de bens industriais e no setor de serviços, se houver chance de um acordo até abril nas negociações da Rodada Doha, disse ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para isso os Estados Unidos e a União Européia deverão melhorar suas ofertas para o comércio agrícola. Ele discutiu a rodada numa reunião com diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e vários dos principais negociadores.

Se americanos e europeus mostrarem disposição para um acordo, o Brasil tentará convencer os parceiros do Grupo dos 20 (G-20) a fazer as concessões necessárias a um entendimento, prometeu o presidente. Serão naturalmente, ressalvou Lula, ofertas proporcionais às possibilidades de cada país.

A Rodada Doha, afirmou, é um empreendimento político, mais do que econômico. Sua conclusão poderá abrir oportunidades de crescimento econômico nas áreas mais pobres, incluída a África, insistiu o presidente em vários momentos de sua participação no Fórum Econômico Mundial.

A conversa sobre as negociações comerciais, numa reunião fechada foi parte da programação do Fórum. Se houver acordo até abril sobre os pontos mais complicados, será politicamente mais fácil concluir a rodada – este é o raciocínio.

No fim de junho vence a autorização do Executivo americano para assinar acordos sujeitos apenas a aprovação, mas não a emendas, pelo Congresso. Se as grandes questões ainda estiverem abertas será mais difícil conseguir uma prorrogação ou renovação da autoridade para negociar. Esta é, pelo menos, uma suposição corrente entre os negociadores.

Hoje, em Davos, cerca de 25 ministros – há quem fale em número maior – deverão reunir-se para mais uma tentativa de levar adiante a rodada. Nenhum resultado notável deverá sair desse encontro, segundo as avaliações ouvidas nos últimos dias, mas há quem aposte num avanço importante nos próximos meses.

A representante dos Estados Unidos para Comércio Exterior, Susan Schwab, declarou essa esperança. "Dependerá deles", disse ontem o chanceler Celso Amorim, referindo-se aos americanos. O Brasil continua a cobrar dos Estados Unidos maiores cortes dos subsídios internos à agricultura. Alguns desses subsídios causam distorções no comércio internacional, estimulando a superprodução e deprimindo os preços.

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