O Brasil sinalizou nesta segunda-feira (15) na Organização das Nações Unidas (ONU) sua preocupação com a situação dos direitos humanos no Irã. Mas evitou condenar o governo de Teerã e foi criticado por Ongs brasileiras e pela própria oposição iraniana. O Itamaraty ainda mandou um recado aos Estados Unidos de que não aceitará uma solução unilateral para a crise iraniana e que o diálogo é a única saída. O governo de Washington alertou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem de rever sua agenda com Mahmoud Ahmadinejad em sua visita a Teerã, em maio, e garantir que as violações aos direitos humanos serão tratadas.
O Irã foi sabatinado pela ONU. O Itamaraty, como havia prometido alertou Teerã sobre a situação dos direitos humanos, em uma declaração visando também mostrar à opinião pública brasileira de que o governo estaria preocupado com violações cometidas pelo regime. Mas não propôs qualquer tipo de mecanismo para dar seguimento à situação, muito menos uma investigação, como propuseram os governos europeus. No governo americano, a percepção é de que o Brasil precisa mudar sua agenda com o Irã.
O discurso brasileiro tentou mostrar que a questão de direitos humanos deve ser tratada. Mas sem romper os laços de confiança com o Irã, o Brasil evitou palavras como "condenação " e insiste que um espaço ainda existe para o diálogo. A embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo, representante do Brasil nas Nações Unidas, ainda indicou avanços na área de educação, erradicação da pobreza e programas sociais no Irã. O Brasil preferiu apenas indicar que o Irã teria "desafios" na área de direitos humanos, como a situação das crianças e mulheres.
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