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Presidente da República Jair Bolsonaro, participa por videoconferência da Solenidade de Posse do Subprocurador-Geral da República Carlos Alberto Vilhena no cargo de Procurador Federal dos Direitos do Cidadão para o biênio 2020-2022.
Presidente da República Jair Bolsonaro, participa por videoconferência da Solenidade de Posse do Subprocurador-Geral da República Carlos Alberto Vilhena no cargo de Procurador Federal dos Direitos do Cidadão para o biênio 2020-2022.| Foto: Marcos Corrêa/PR

Em meio a uma crise sanitária histórica, que deve preceder uma econômica, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) virou tema dos principais veículos de comunicação no exterior em edições de ontem e também no final de semana. Nas reportagens, há fortes críticas contra o líder brasileiro, apontado como condutor de uma abordagem "irresponsável e perigosa" para conduzir o País em meio à pandemia.

A revista americana Time, publicada no final de semana, traz reportagem com o título "Brasil começa a perder a luta contra o coronavírus - e seu presidente está olhando para o outro lado". "O presidente pode ainda sobreviver, mas muitos cidadãos brasileiros não vão", disse a reportagem ao falar que Bolsonaro incentiva as pessoas a deixarem o isolamento.

O texto contextualiza ainda a crise política provocada por Bolsonaro contra governadores que apoiam medidas restritivas para combater a doença, além das demissões de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich do Ministério da Saúde e de seus atritos com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de interferir na Polícia Federal. Moro, ao falar à Time, disse que "há dificuldade no combate à pandemia no Brasil" em razão da posição "negacionista" do presidente.

Já o jornal econômico Financial Times publicou ontem um artigo dizendo que Bolsonaro está levando o Brasil ao desastre com sua condução da crise causada pelo novo coronavírus. O texto foi publicado pelo colunista Gideon Rachman, analista de assuntos externos do diário britânico. Rachman disse que o presidente brasileiro adotou uma abordagem semelhante à de Donald Trump, mas ainda mais "irresponsável e perigosa". "Ambos os líderes ficaram obcecados com as propriedades supostamente curativas da hidroxicloroquina. Mas enquanto Trump está apenas tomando o produto, Bolsonaro forçou o Ministério da Saúde a emitir novas diretrizes, recomendando o medicamento para pacientes com coronavírus", escreveu. "O Brasil já está pagando um preço alto pelas palhaçadas de seu presidente", afirmou o articulista.

O jornal conservador britânico The Telegraph disse, na edição de ontem, que o País enfrenta uma "implosão política" e um vírus mortífero fora de controle e Bolsonaro, agora, pode se tornar conhecido como o homem que quebrou o Brasil. A publicação descreve o presidente como "um líder ciumento e vingativo dirigindo uma nação em crise".

O americano The New York Times afirmou no final de semana que, "enquanto hospitais entravam em colapso, Bolsonaro passou os últimos meses brigando com a Suprema Corte, com o Congresso e até com seus ministros".

"A imprensa mundial é de esquerda. O (Donald) Trump sofre muito com isso", disse ontem o presidente sobre as reportagens.

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