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Lago Agrio, Equador – O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) considera que cerca de 15.000 colombianos se deslocaram para povoados brasileiros fronteiriços por causa do conflito interno, que envolve guerrilheiros, forças do governo e paramilitares.

"Notamos que há gente que está saindo para o Brasil e esse seria um fenômeno novo. Enviamos uma missão à fronteira que visitou a Amazônia (brasileira), onde chegaram cerca de 14.000 a 15.000 colombianos", disse Philippe Lavanchy, diretor para as Américas do Acnur, sem precisar o período do deslocamento dos refugiados.

A Colômbia, com um conflito de mais de quatro décadas, ocupa o segundo lugar no mundo em número de deslocados internos, com mais de três milhões desde 1990, depois do Sudão, enquanto que cerca de 500.000 cruzaram as fronteiras. O Brasil também acolhe colombianos que enfrentam riscos mesmo sendo refugiados em países como Equador ou Costa Rica, no âmbito de um acordo com o Acnur também assinado por Argentina, Chile e Uruguai.

Generosidade

"O Brasil é hoje o país mais generoso, porque, quando dizemos que temos um caso de emergência, ele nos dá uma resposta em 72 horas", destacou Lavanchy durante uma visita a Lago Agrio, no Equador – onde estão centenas de colombianos –, ao lado do alto comissário para refugiados, Antonio Guterres.

Lavanchy ressaltou que no Brasil os exilados recebem capacitação técnica gratuita e que na Argentina têm acesso a microcréditos. "O continente é hoje o mais generoso com os refugiados. Não conheço outra região onde os países vizinhos sejam tão solidários", comentou.

Mas as dimensões do problema são ainda maiores e Equador e Venezuela continuam recebendo o maior fluxo. O Alto Comissariado considera que existam cerca de 200 mil refugiados colombianos na Venezuela. A população colombiana que poderia obter o status de refugiado está localizada nos estados de Apure (36%), Táchira (31%), Zulia (23%) e na área metropolitana de Caracas (10%).

A Acnur busca consolidar as redes de proteção aos refugiados existentes e estabelecer "alianças" com atores governamentais, a Igreja Católica, a sociedade civil e as agências do Sistema das Nações Unidas (ONU).

O objetivo da entidade é "garantir a proteção internacional para aquelas pessoas que se vêem obrigadas a fugir de seu país, promover os acordos internacionais que tenham relação com os refugiados, estabelecer um sistema de asilo e atuar como observadores internacionais em temas sobre refugiados".

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