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A Procuradoria de Zürich denunciou oficialmente a brasileira Paula Oliveira pelo crime de "induzir a Justiça ao erro". Paula é suspeita de ter mentido sobre um suposto ataque que afirma que sofreu em fevereiro na periferia da cidade suíça. Ela dizia estar grávida e ter sofrido um ataque por neonazistas. Mas para a polícia, Paula já havia confessado que tudo não passava de uma armação e teve seu passaporte retido pela Justiça. Um processo foi aberto contra a brasileira e, agora, ela está sendo formalmente acusada.

Ministério Público de Zurique não liberou a brasileira para retornar a Recife, alegando nos meses seguintes ao fato que queria avaliar sua condição mental. Se ela mentiu às autoridades a pena contra a brasileira seria mais dura. Em caso de problemas psiquiátricos, a condenação por falso testemunho seria aliviada e ela poderia voltar ao País.

Ao adotar a versão de problemas psiquiátricos, a defesa poderia conseguir que Paula apenas pague uma multa e seja liberada a viajar ao Brasil. Ela já havia confessado à policia de que tudo não passava de uma armação. Mas seu advogado, Roger Muller, tentou garantir que a confissão à polícia não tinha valor e, portanto, apenas o que ela dissesse perante a Justiça é que seria considerado. O Ministério Público de Zurique admitiu que a versão contada à polícia não seria suficiente para que o caso fosse fechado e ela condenada. Mas a Justiça afirma que irá considerar também o que foi dito e assinado perante a polícia.

Muller ainda afirma que não conta com documentos que provem que sua cliente estava grávida no momento do ataque. Um laudo médico feito pela Universidade de Zurique provou que ela não estava esperando um bebê. Seu pai, Paulo Oliveira, continuou mantendo por semanas a tese de que não duvidaria da palavra de sua filha.

Por ter dado falso testemunho, ela poderia pegar até três anos de cadeia. Já o promotor de Justiça, Marcel Frei, não descarta que um tratamento psiquiátrico possa ser recomendado, caso fique provado que ela armou o incidente.

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