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Um grupo de imigrantes brasileiros ilegais em Portugal vai se reunir nesta quarta-feira (4) em Lisboa, durante a cúpula Brasil-União Européia, para pedir a presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que pressione os europeus para legalizar sua documentação.

"Vamos fazer chegar ao presidente Lula um documento com nossas reivindicações, entre elas mecanismos claros para a legalização dos brasileiros clandestinos em Portugal", afirmou o presidente da Casa do Brasil, Gustavo Behr.

Os imigrantes brasileiros legais em Portugal somam 80 mil, os sem documentos 40 mil e, em toda a Europa, deve haver cerca de 400 mil imigrantes brasileiros, segundo um estudo divulgado nesta terça pela Casa do Brasil.

O chamado "Acordo Lula", firmado com Portugal em julho de 2003, permitiu a legalização de 20 mil brasileiros com contrato de trabalho em Portugal.

Lula protestou ante a Comissão Européia, em março passado, pelo "possível caráter repressivo e discriminatório" da operação contra a imigração ilegal sul-americana colocada em andamento pela Agência Européia de Fronteiras da UE (Frontex) em vários aeroportos europeus, que deportou milhares de clandestinos.

Em nota enviada à Comissão Européia, o Brasil afirmou ser "contrário políticas de imigração dessa natureza" e recordou as tradicionais relações com a Europa, "de cujo território o Brasil acolheu milhões de imigrantes no passado".

A UE pretende oferecer nesta quarta ao Brasil o estatuto de "sócio estratégico" em uma cúpula que contará com a presença de Lula, do primeiro-ministro português José Socrates, do presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso e altos funcionários europeus.

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