Brasileiros são os mais barrados

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Segundo dados da Frontex, a agên­­cia europeia de controle de fronteiras, os brasileiros foram os mais barrados em aeroportos da Euro­­pa no primeiro trimestre de 2010. A agência aponta que, dos 25.400 estrangeiros que tiveram a entrada rejeitada entre janeiro e março, 1.842 tinham nacionalidade brasileira.

De acordo com a Frontex, os dados se justificam pela distância do Brasil com o continente. En­­quanto moradores de países mais próximos como Ucrânia podem tentar a entrada por barco, carro ou até mesmo a pé, aos brasileiros resta a tentativa por avião.

Os países europeus alegam que os brasileiros barrados nos primeiros três meses de 2010 não deram garantias de que voltariam ao país de origem e eram suspeitos de tentar entrar de forma irregular. Apesar disso, muitos deportados têm versões diferentes.

O número de brasileiros que tenta imigrar irregularmente para a Europa aumentou desde que a União Europeia deixou de exigir o visto de entrada para turistas que permaneçam até 90 dias. Para compensar, os países muitas vezes pedem provas ao visitante de que ele tem dinheiro, reserva em hotel e, principalmente, a passagem de volta.

Prostituição

A polícia espanhola continua sua cruzada contra redes de prostituição que degradam imigrantes. Ontem foram presas cinco pessoas suspeitas de pertencer a uma rede de tráfico de homens, principalmente brasileiros, para explorá-los sexualmente nos arredores de Madri.

As prisões, que se somam às 14 promovidas na semana passada, fazem parte da segunda fase da operação policial que desmantelou a maior rede de exploração sexual masculina na Espanha. Elas ocorreram após o registro simultâneo de três prostíbulos masculinos no centro de Madri, informou a polícia em um comunicado.

Na mesma operação, cinco pessoas foram presas por estar no país em situação irregular. Os membros da rede, na maioria brasileiros, são acusados de fornecer Viagra, cocaína e outras drogas aos homens explorados para que eles ficassem disponíveis 24 horas por dia aos clientes, além de exigir parte de seus ganhos para saldar sua dívida com a organização, que tratava com extrema violência aqueles que se queixavam.

Durante o registro de um dos bordéis, a polícia localizou um adolescente brasileiro de 16 anos que estava havia três semanas no prostíbulo e cujas fotografias eram mostradas em uma das páginas da internet onde a rede oferecia seus serviços, segundo a mesma fonte.

Os homens eram recrutados no Brasil, principalmente no norte do país, e a maioria tinha a esperança de trabalhar como modelo, apesar de alguns saberem que se dedicariam à prostituição.