A conservadora Giorgia Meloni toma posse como nova primeira-ministra da Itália
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A líder conservadora do partido de direita Irmãos da Itália, Giorgia Meloni, tomou posse neste sábado como a nova primeira-ministra do país, tornando-se assim a primeira mulher a ocupar esse cargo na história, em uma cerimônia oficial perante o chefe de Estado italiano, Sergio Mattarella.

"Juro ser fiel à República, cumprir lealmente a Constituição e as leis, e exercer o meu mandato e as minhas funções no interesse exclusivo da nação", pronunciou Meloni perante Mattarella no Salão das Festas do Palácio Quirinal, em Roma.

Em seguida, Meloni, assinou o decreto de sua nomeação e conduziu a posse de seus 24 ministros. Os primeiros a assumir seus novos cargos foram seus dois vice-presidentes, Matteo Salvini e Antonio Tajani, respectivos expoentes das legendas direitistas Liga e Força Itália, os outros dois partidos da coalizão que venceu as eleições de 25 de setembro.

No governo de Meloni, Salvini também ocupará a pasta de Infraestrutura e Mobilidade Sustentável, enquanto Tajani ficará responsável pelas Relações Exteriores.

O juramento contou com a presença de todos os ministros e, como manda o protocolo, esteve ausente o subsecretário de presidência do governo, Alfredo Mantovano, um dos cargos mais influentes do gabinete e que tomará posse durante o primeiro Conselho de Ministros neste domingo.

A cerimônia contou também com a presença de familiares dos membros do novo governo e na primeira fila estavam o companheiro de Meloni, o jornalista Andrea Giambruno, e sua filha, Ginevra, de cinco anos.

O governo de Meloni está dividido entre os três partidos da coalizão de direita que venceu as eleições gerais de 25 de setembro: oito ministros do Irmãos da Itália, quatro da Liga de Salvini e cinco do Força Italia de Silvio Berlusconi, além de nove técnicos.

Neste domingo, acontecerá a transferência de poderes com o primeiro-ministro em fim de mandato, Mario Draghi, e Meloni presidirá pela primeira vez o Conselho de Ministros.

Depois será o momento da posse do Executivo nas duas sedes do Parlamento, o Senado e a Câmara dos Deputados, um mero formalismo, já que a direita tem maioria absoluta.