Foto de arquivo. Ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez
Foto de arquivo. Ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez| Foto: Reprodução/Twitter

A ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez afirmou nesta quinta-feira (10), 87 dias após ter sido presa preventivamente em uma penitenciária feminina pelo caso "golpe de Estado", que é uma prisioneira política e pediu independência na justiça.

"Sou acusada de crimes que não cometi. As acusações não se sustentam, eles inventam novos tipos para me manter na prisão e eu me sinto totalmente indefesa. Todos os recursos apresentados são rejeitados", disse Áñez em mensagem divulgada nas redes sociais, ao se declarar uma "prisioneira política" do governo de Luis Arce. Ela também exigiu "independência de poderes e justiça imparcial" no seu caso e pediu um processo independente, enfatizando que seu estado de saúde piorou.

Jeanine Áñez foi detida em 13 de março, na região amazônica de Beni, e depois levada para La Paz em avião militar sob forte guarda policial, juntamente com os seus ex-ministros Álvaro Coímbra e Rodrigo Guzmán, que também foram presos. Áñez e membros do seu gabinete são acusados de "sedição e terrorismo" durante a crise de 2019, após as eleições anuladas que levaram à renúncia de Evo Morales ao cargo de presidente da Bolívia, que o atual governo considera ter sido um "golpe de Estado".