Comitê de Inteligência da Câmara de Deputados dos EUA está ouvindo testemunhas no processo de impeachment| Foto: Win McNamee/Getty Images/AFP

Uma juíza do Tribunal de Apelações do distrito de Washington decretou na segunda-feira (25) que os principais assessores do presidente dos EUA, Donald Trump, devem depor perante os investigadores do seu processo de impeachment.

No caso envolvendo o ex-advogado da Casa Branca Don McGahn, citado em maio pelo Comitê Judicial da Câmara, a juíza Ketanji Jackson determinou que os altos funcionários da administração não podem alegar imunidade com base na proximidade que têm com o presidente. "Os presidentes não são reis", escreveu a juíza em sua decisão de 120 páginas, acrescentando que o argumento do governo é uma "ficção".

Apesar de a decisão envolver especificamente o caso de McGahn, Ketanji destacou que o princípio se aplica a todos os assessores presidenciais, atuais e anteriores. A medida configura uma vitória para os democratas da Câmara em sua luta para impulsionar o impeachment do Trump.

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Vários altos funcionários ligados a Trump têm ignorado as convocações do Congresso para depor no processo de impeachment. A decisão pode abrir caminho para que o Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados, que investiga Trump pelo chamado escândalo da Ucrânia, possa forçar o testemunho de três elementos-chave: o ex-assessor de segurança nacional John Bolton, o chefe de gabinete da Câmara dos Deputados, Mick Mulvaney, e o secretário de Estado, Mike Pompeo.