O presidente dos EUA, Joe Biden, fala na Casa Branca sobre a retirada de tropas americanas e de aliados da Otan do Afeganistão, 14 de abril
O presidente dos EUA, Joe Biden, fala na Casa Branca sobre a retirada de tropas americanas e de aliados da Otan do Afeganistão, 14 de abril| Foto: Getty Images via AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira, 14, a retirada das tropas do país do Afeganistão. Durante discurso na Casa Branca, ele disse que essa operação começa em 1º de maio e deve terminar antes de 11 de setembro, data que marcará as duas décadas dos atentados terroristas de 2001 em solo americano. "É hora de encerrar a mais longa guerra dos EUA", afirmou o presidente americano. Atualmente, o país mantém cerca de 2.500 soldados no Afeganistão, segundo a imprensa dos EUA.

"As razões para seguir no Afeganistão são cada vez menos claras, as ameaças estão mais dispersas", comentou Biden sobre riscos de terrorismo, com isso não faria sentido gastar "bilhões" de dólares para seguir no país da Ásia Central. Ele disse que consultou aliados, militares e especialistas para tomar a decisão. Segundo ele, o objetivo americano de estar presente no Afeganistão para que o país não seja usado como plataforma para ataques terroristas foi atingido. A retirada será feita "de modo responsável, deliberado e seguro", em coordenação com aliados e parceiros, "os quais agora têm mais forças no Afeganistão do que nós", comentou. Os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) mantêm quase 7 mil soldados no país.

Biden agradeceu as tropas americanas que serviram em solo afegão as quais "pagaram um preço tremendo em nosso nome". E enfatizou que o trabalho diplomático e humanitário no país prosseguirá.