Unidade de energia flutuante Akademik Lomonosov sendo rebocada do porto ártico de Murmansk, noroeste da Rússia| Foto: Divulgação/Rosatom/AFP

A primeira central nuclear flutuante do mundo, batizada de "Akademik Lomonosov" e chamada de "Chernobyl flutuante" por ONGs ambientais, iniciou sua viagem de 5.000 quilômetros pelo Ártico nesta sexta-feira (23) com o objetivo de levar energia a áreas remotas. A embarcação nuclear, que será rebocada, partiu de Murmansk, no noroeste da Rússia, com destino a Pevek, no extremo-oriente, navegando pela Rota do Mar do Norte. A viagem deve durar entre quatro a seis semanas.

O Lomonosov foi construído em São Petersburgo, tem 144 metros de comprimento, 30 de largura e dois reatores nucleares KLT-40S, com uma capacidade combinada de 80 megawatts. Segundo a agência de notícias AFP, ele navega a uma velocidade de 6 a 8 km/h. O Greenpeace critica a inciativa russa, apontando para acidentes nucleares anteriores, e alerta que a missão do Akademik Lomonosov aumenta o risco de poluir o Ártico - uma região remota e escassamente povoada.