Veículo militar russo chega para exercícios militares conjuntos entre Rússia e Belarus, que serão realizados em fevereiro, em meio à escalada de tensões na fronteira entre Rússia e Ucrânia, 18 de janeiro
Veículo militar russo chega para exercícios militares conjuntos entre Rússia e Belarus, que serão realizados em fevereiro, em meio à escalada de tensões na fronteira entre Rússia e Ucrânia, 18 de janeiro| Foto: EFE/EPA/BELARUS DEFENCE MINISTRY PRESS SERVICE

Em entrevista à rede americana NBC, o conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, afirmou que os Estados Unidos não pretendem iniciar uma guerra com a Rússia. "O presidente [Biden] deixa claro há meses que os Estados Unidos não estão enviando forças para iniciar uma guerra ou entrar em uma guerra contra a Rússia na Ucrânia", afirmou Sullivan, um dia depois de o primeiro contingente de soldados americanos chegar ao leste europeu. Ao todo, serão enviados cerca de 5 mil soldados.

Apesar de a segurança americana alertar para uma invasão iminente, o governo ucraniano tem tentado colocar abaixar a temperatura e, neste domingo, voltou a sinalizar que a crise com a Rússia ainda pode ser resolvida através da diplomacia, sem envolver um ataque militar. Via Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, pediu que a população "não acredite em previsões apocalípticas". "Hoje, a Ucrânia tem um exército forte, apoio internacional sem precedentes e a fé dos ucranianos em seu país. O inimigo deve ter medo de nós, não nós deles", escreveu.

Na última sexta-feira, em entrevista coletiva, Kuleba afirmou também que, embora as tropas russas na fronteira com a Ucrânia sejam numerosas, não são suficientes para uma invasão em massa. Sullivan, porém, insiste que "uma escalada militar e uma invasão poderiam ocorrer a qualquer momento". "Acreditamos que os russos já colocaram em marcha capacidades para uma operação militar significativa", disse.

Apesar de já ter reunido 110 mil soldados na fronteira, a Rússia nega planos de invadir o país vizinho, mas diz que pode tomar ações militares se suas exigências de segurança não foram atendidas, dentre as quais o compromisso de que a Otan nunca admitirá a entrada da Ucrânia no clube —exigência que os americanos consideram inaceitável.