Profissionais de saúde atendem paciente COVID-19 na Unidade de Terapia Intensiva do El Cruce, no Hospital Dr. Nestor Kirchner, em Florencio Varela, Argentina, em 13 de abril de 2021| Foto: RONALDO SCHEMIDT/AFP
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A agência Bloomberg posicionou a Argentina como terceiro pior país no combate à pandemia. O país fica atrás apenas de Polônia e Brasil no Ranking da Resiliência da Covid-19, que avalia ações de 53 nações. Um risco do colapso do sistema de saúde e pressões internas de aliados do governo Alberto Fernández e de oposicionistas, como o ex-presidente Mauricio Macri, podem ter levado o país de exemplo no combate ao coronavírus, em 2020, a ponto de preocupação, neste ano.

Já há registros no país de falta de oxigênio em alguns hospitais e aumento abusivo de preços de medicamentos específicos. A média móvel de novos casos diários no país chega a 23 mil, um número superior ao pior momento de 2020, quando bateu 14 mil. A média móvel de mortes por dia segue controlada, com cerca de 400, mas que representa uma piora em relação ao ano passado.

O combate à Covid-19 é comprometido no país latino por desentendimentos da ala política do presidente, que é peronista, com o kirchnerismo, que pede uma quarentena rígida. Fernández optou por prorrogar medidas restritivas anunciadas no começo de abril, mais brandas, que incluem toque de recolher das 20h às 6h e divisão do país em zonas de risco. Do outro lado, oposicionistas têm recorrido à Justiça para derrubar decretos presidenciais de social e, em alguns casos, recorrido à retórica negacionista – uma estratégia que mira nas próximas eleições do país.

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