O presidente da França, Emmanuel Macron, em cerimônia do 76 aniversário do Dia da Vitória, 8 de maio, em Paris| Foto: Presidência da França
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Uma nova carta atribuída a militares franceses causou repercussão na França, com os oficiais, que escreveram o texto sob anonimato, sugerindo que uma "guerra civil está se formando" e clamando pela "sobrevivência" francesa. Segundo o site onde a carta foi publicada, o texto já teve mais de 211 mil assinaturas de apoio. O governo de Emmanuel Macron, a quem a publicação é destinada, já havia condenado a publicação de um documento semelhante no mês passado.

Publicada no portal Valeurs Actuelles, a carta faz críticas a supostas concessões ao islamismo, e afirma que no "Afeganistão, Mali, República Centro-Africana ou em qualquer outro lugar, vários de nós sofreram fogo inimigo. Alguns deixaram camaradas lá", enquanto Macron estaria cedendo "no próprio solo".

O texto também acusa o "comunitarismo", e diz que "vemos o ódio pela França e sua história se tornando a norma". Assim, os militares alertam sobre uma "insurreição civil", tendo em vista o declínio francês, algo que alegam "terem visto em outros lugares".

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"Se uma guerra civil estourar, o exército manterá a ordem em seu próprio solo, porque será solicitado", diz a carta. "Ninguém pode querer uma situação tão terrível, nossos mais velhos não mais do que nós, mas sim, novamente, a guerra civil está se formando na França e você sabe disso muito bem". A publicação está aberta a assinaturas no portal desde a noite de ontem. Houve repercussão em veículos como BBC e Guardian, que destacaram as ameaças de conflitos no país.