Novo mural, criado para marcar o 40º aniversário da crise de reféns no Irã, cobre a fachada de um prédio na capital iraniana, Teerã, 4 de novembro de 2019| Foto: ATTA KENARE / AFP

Antes do 40º aniversário da tomada da embaixada dos EUA em Teerã, em 1979, o Irã apresentou novos murais anti-EUA na fachada da antiga missão diplomática no fim de semana. Mais de 50 diplomatas dos EUA foram mantidos reféns por 444 dias após a embaixada ter sido invadida por estudantes iranianos em 1979.

Os murais anti-EUA foram revelados enquanto as tensões aumentam mais uma vez, pouco mais de um ano após a retirada pelo presidente Donald Trump dos Estados Unidos do acordo nuclear de 2015 com o Irã. Autoridades americanas acusaram diversas vezes o Irã de tentar desestabilizar a região nos últimos meses, inclusive em junho, quando os Estados Unidos culparam o Irã pelos ataques a vários navios mercantes no Golfo de Omã.

No mesmo mês, o Irã derrubou um drone de vigilância dos EUA. Pelo menos um dos murais parece fazer referência ao incidente, mostrando o abate de um drone americano RQ-4A Global Hawk. Um mural mostra a Estátua da Liberdade, mas com um braço cortado. Alguns murais mostram caveiras, silhuetas de atiradores, balas, agulhas hipodérmicas e pílulas - aparentemente referências à alta taxa de violência com armas de fogo e à epidemia de opioides nos EUA.

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