Protesto contra a legalização do aborto na Argentina, que reuniu milhares de pessoas no em 28 de novembro de 2020.
Protesto contra a legalização do aborto na Argentina, que reuniu milhares de pessoas no em 28 de novembro de 2020.| Foto: Reprodução / Radio FM 96.5 Power Station / Facebook

A Justiça argentina autorizou a investigação da morte de María del Valle González López, 23 anos, ocorrida no último domingo (11), em um hospital público. Presidente da Juventude Radical de La Paz, da província de Mendoza, ela morreu após se submeter a um aborto legal em um hospital público. A Justiça apura se houve negligência do poder público.

Segundo o jornal Clarín, o promotor Mariano Carbajal solicitou o histórico médico da jovem e a realização de uma necrópsia para apurar os detalhes da morte. O Ministério Público (MP) de Santa Rosa iniciou a investigação, mas devido à sua complexidade, informa a reportagem, a apuração ficará por conta do MP de San Martín, a partir de segunda-feira (19). Os detalhes da necropsia serão conhecidos nas próximas horas.

Informações oficiais comunicam que María del Valle compareceu ao hospital Arturo Illia, o único de sua cidade, na quarta-feira (7), para solicitar um procedimento judicial de interrupção da gestação. Lá, ela foi prescrito um medicamento — informa o Clarín.

Na sexta-feira (9), ela começou a se sentir mal e foi encaminhada ao principal centro de saúde da Zona Leste de Mendoza, o hospital Perrupato, onde foi detectada uma infecção geral que teria causado sua morte. A morte de de María gerou repercussões de grupos anti e pró-aborto. Ambos se manifestaram nas redes sociais.