Estragos causados pelas chuvas na vila de Schuld, Alemanha, 15 de julho
Estragos causados pelas chuvas na vila de Schuld, Alemanha, 15 de julho| Foto: EFE/EPA/SASCHA STEINBACH

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, prometeu neste domingo (18) ajuda urgente aos atingidos pelas inundações no oeste do país, que já causaram ao menos 156 mortes e cujos efeitos ela descreveu como "surreais". "Estamos obtendo uma imagem real do que aconteceu no meio de um panorama surreal e fantasmagórico. Não se trata apenas do que aconteceu aqui, mas de todos os fenômenos extremos que estamos testemunhando", declarou Merkel, referindo-se à crise climática, depois de visitar vários dos focos de inundação no 'Land' de Renânia-Palatinado.

"Temos que pensar em como devemos agir a fim de avançar em direção à neutralidade climática o mais rápido possível", insistiu a chanceler. Aos jornalistas, Merkel afirmou estar "absolutamente chocada" após ter visitado o povoado de Schuld, entre outros lugares, acompanhada pelo chefe do governo desse 'Land', o social-democrata Malu Dreyer.

A cidade, com uma população de cerca de 700 habitantes, foi quase completamente destruída pela força das enchentes e se tornou um símbolo da catástrofe que varreu vastas áreas da Alemanha e da vizinha Bélgica. A chanceler destacou que seu governo assumirá um pacote de ajuda de emergência no próximo Conselho de Ministros, o qual, segundo ela, chegará às pessoas afetadas diretamente, sem burocracia.

Merkel não detalhou o alcance da ajuda, mas seu ministro das finanças, Olaf Scholz mencionou à imprensa a cifra de 300 milhões de euros, apenas em ajuda direta de emergência à população afetada. "Estamos diante de uma catástrofe de dimensões até então desconhecidas", afirmou Dreyer, enquanto Merkel insistiu que o panorama deixado pela força das águas "escapa da descrição em palavras."