Cerca de 114 mil pessoas, de acordo com números do Ministério do Interior, se manifestaram nas principais cidades da França neste sábado (17) contra as últimas medidas governamentais de combate à pandemia do coronavírus, as quais eles chamam de "ditadura da saúde".
As medidas devem ser aprovadas na próxima segunda-feira pelo Conselho de Ministros e serão debatidas na Assembleia Nacional dois dias depois. Entre elas estão tornar obrigatória a vacinação dos trabalhadores da área da saúde e exigir um passaporte com programa de vacinação completa ou teste de Covid-19 com resultado negativo para acesso a um grande número de atividades sociais.
Os manifestantes exibiram cartazes contra a chamada "ditadura da saúde" e com pedidos como "liberdade" e "deixem meu corpo em paz", além de denúncias como "a covid mata a democracia", os manifestantes marcharam para demonstrar seu descontentamento.
"Entendo aqueles que estão relutantes em demonstrar, mas acho que precisamos convencer todos os nossos concidadãos a se vacinarem a todo custo", declarou hoje o primeiro-ministro francês, Jean Castex, em uma viagem a Anglet. "A linha é clara: devemos ser vacinados", reiterou.
As novas medidas, anunciadas pelo presidente Emmanuel Macron na última segunda-feira, visam incentivar a vacinação para combater a propagação da variante delta do coronavírus, que já responde por mais de 67% de todas as novas infecções detectadas na França.