Pessoas esperam para serem imunizadas contra a Covid-19 em centro de vacinação em Berlim, em evento com DJs e atmosfera festiva para atrair os mais jovens, 9 de agosto
Pessoas esperam para serem imunizadas contra a Covid-19 em centro de vacinação em Berlim, em evento com DJs e atmosfera festiva para atrair os mais jovens, 9 de agosto| Foto: EFE/EPA/Sean Gallup / POOL

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não aprova a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em qualquer país, embora defenda a importância da imunização, afirmou nesta sexta-feira uma porta-voz da agência, em resposta ao fato de vários países estarem considerando impor essa norma.

"Em geral, a OMS se opõe a qualquer vacinação obrigatória", resumiu a porta-voz da entidade, Fadela Chaib, em entrevista coletiva. No entanto, "é necessário explicar à população em geral como funcionam as vacinas e como são importantes", disse Fadela, esclarecendo que estas vacinas são apenas "uma das várias ferramentas que temos nas mãos" para combater a pandemia da Covid-19.

Os especialistas da OMS reiteraram ao longo deste ano que as vacinas não são suficientes no combate ao coronavírus e devem ser combinadas com medidas sanitárias que já foram generalizadas no ano passado para conter as infecções. Entre elas estariam o uso de máscara, a lavagem frequente das mãos, a ventilação das residências, a distância física ou evitar locais lotados. O uso de medidas coercivas para aumentar o número de pessoas vacinadas foi considerado em locais como Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, embora também tenha encontrado oposição por parte de setores da população desses países.

Até o momento, cerca de 4,4 bilhões de doses da vacina contra a covid-19 foram administradas em todo o mundo. Em países como Espanha, França, Canadá, Reino Unido e Alemanha, a porcentagem de pessoas que receberam a dosagem completa é de cerca de 60% (contra 50% nos EUA), enquanto em muitos países de baixa renda chega a apenas 1%.