Médicos e outros profissionais de saúde protestam em frente a hospital em Liege, Bélgica, 29 de outubro, enquanto o país enfrenta segunda onda de infecções de Covid-19
Médicos e outros profissionais de saúde protestam em frente a hospital em Liege, Bélgica, 29 de outubro, enquanto o país enfrenta segunda onda de infecções de Covid-19| Foto: JOHN THYS / AFP

Após um aumento recorde de novos casos de Covid-19, a Bélgica impôs nesta sexta-feira (30) um lockdown parcial para controlar os contágios do novo coronavírus, que começa a valer na segunda-feira e terá duração de seis semanas. Até o momento, o país é o mais afetado pela pandemia na União Europeia. Bruxelas determinou restrições de viagens e o fechamento do comércio de itens não essenciais. Cada domicílio poderá receber apenas uma pessoa de outra residência, mas pessoas que vivem sozinhas podem receber dois visitantes. Encontros em público estão limitados a quatro pessoas e o trabalho de casa também será obrigatório quando possível. O toque de recolher entre meia noite e 5 horas continuará em vigor e bares e restaurantes permanecerão fechados. As escolas, no entanto, reabrirão no dia 16 de novembro.

O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, disse que o governo não teve escolha a não ser adotar medidas mais rígidas. "Nosso país está em uma emergência de saúde. A pressão sobre os hospitais é imensa, nossos profissionais de saúde estão fazendo um esforço sobre-humano. Na última semana, 100 mil de nossos cidadãos foram infectados", disse o premiê ao anunciar as novas regras.

A Bélgica registrou 1.391 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas. Outros países europeus também viram um aumento de infecções e reforçaram as medidas de isolamento, incluindo Alemanha, Grécia, Espanha e Itália.