nicolás maduro
Nicolas Maduro fala durante uma entrevista coletiva em Caracas, em 8 de dezembro de 2020| Foto: YURI CORTEZ/AFP

Após uma eleições ilegítima, o PSUV, partido do ditador Nicolás Maduro, vai ocupar 253 dos 277 assentos da Assembleia Nacional da Venezuela, informou o Conselho Nacional Eleitoral chavista. Isso representa mais de 90% do legislativo, embora o PSUV tenha conquistado nas urnas 70% dos votos. Entre os eleitos estão nomes bastante conhecidos do chavismo, como Diosdado Cabello, Cilia Flores e Nicolasito, esposa e filho de Maduro.

A oposição consentida que participou do pleito – não a oposição liderada pelo presidente interino Juan Guaidó – obteve apenas 21 vagas. Timoteo Zambrano e Luis Parra, que abandonaram a coalizão opositora majoritária e são acusados de colaborar com o chavismo, foram reeleitos. Desde o início do ano Parra é reconhecido pela ditadura e suas instituições como atual presidente da Assembleia Nacional. Em 5 de janeiro, ele se proclamou presidente do órgão em uma sessão sem o quórum necessário, da qual Guaidó e deputados opositores foram impedidos pela Guarda Nacional de participar. As outras três vagas são destinadas a representantes indígenas, escolhidos em uma eleição realizada nesta quarta-feira.

Pelo menos 49 países, inclusive o Brasil, não reconheceram o resultado eleições parlamentares venezuelanas deste domingo (6).