O presidente chinês Xi Jinping discursa durante a comemoração do 110º aniversário da Revolução de Xinhai no Grande Salão do Povo em Pequim, China.
O presidente chinês Xi Jinping discursa durante a comemoração do 110º aniversário da Revolução de Xinhai no Grande Salão do Povo em Pequim, China.| Foto: EFE / Roman Pilipey

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou neste sábado que o país pode e vai conseguir a reunificação com Taiwan, ilha considerada por Pequim como uma província rebelde. "A reunificação completa de nosso país pode e será conseguida", disse Xi ao final de um discurso comemorativo dos 110 anos da Revolução Xinhai, que acabou com séculos de poder dinástico na China e levou à criação da República da China.

Embora em ocasiões anteriores Xi não tenha descartado o uso da força para integrar Taiwan, hoje ele garantiu que o país vai seguir o princípio básico da reunificação pacífica. "A reunificação nacional por meios pacíficos é do interesse geral da nação chinesa, incluindo nossos compatriotas de Taiwan", declarou. Ainda durante o discurso, ele mencionou a estrutura "um país, dois sistemas" - aplicada em Hong Kong e Macau, que prevê a autonomia em várias áreas, como uma opção para a ilha.

O presidente chinês chamou os "compatriotas de ambos os lados do estreito (de Taiwan)" para "ficarem do lado certo da história", advertindo que aqueles que promovem a independência de Taiwan são "o maior obstáculo" à reunificação e um "grave perigo".

Taiwan tem sido governada de forma autônoma desde o fim da guerra civil em 1949, após a vitória dos comunistas, que também viram os membros do Kuomintang (partido nacionalista) se refugiarem na ilha, onde mantiveram a estrutura da República da China, que oficialmente continua a reivindicar o controle do território continental, dominado pela República Popular. No entanto, com a transição para a democracia desde o final dos anos 80, tem havido apelos crescentes na ilha para declarar a independência de Taiwan como um Estado soberano.