O soldado russo, Vadim Shishimarin, participa de uma audiência no tribunal distrital de Solomyansky, em Kiev, Ucrânia, 23 de maio de 2022.
O soldado russo, Vadim Shishimarin, participa de uma audiência no tribunal distrital de Solomyansky, em Kiev, Ucrânia, 23 de maio de 2022.| Foto: EFE/EPA/OLEG PETRASYUK

Vadim Shishimarin, soldado russo de 21 anos julgado por crimes de guerra, foi condenado a prisão perpétua nesta segunda-feira (23). Ele foi considerado culpado no primeiro julgamento de crimes de guerra na Ucrânia.

Segundo a BBC, os juízes reforçaram que a vítima, Oleksandr Shelipov, "não representava qualquer ameaça" e que por isso não deveria ter sido alvo de qualquer ameaça armada, "violando as convenções internacionais".

No tribunal, Shishimarin se declarou culpado pela morte de um civil desarmado de 62 anos, em Chupakhivka, uma aldeia que fica no nordeste da Ucrânia, em 28 de fevereiro. "Eu reconheço que sou culpado. Peço que me perdoe", declarou o soldado à viúva Kateryna Shalipova.

Segundo a justiça ucraniana, “um dos militares ordenou ao arguido que matasse o civil para que este não os denunciasse”. No início de maio, as autoridades da Ucrânia anunciaram a detenção do combatente russo, divulgando um vídeo em que Vadim Shishimarin dizia ter ido lutar para a Ucrânia para "apoiar financeiramente a mãe".