O submarino soviético Komsomolets, que afundou em 1989 no Mar da Noruega
O submarino soviético Komsomolets, que afundou em 1989 no Mar da Noruega| Foto: WikiMedia Commons / Domínio público

A Noruega descobriu que um submarino da era soviética que afundou no Mar da Noruega 30 anos atrás está emitindo radiação em níveis até 800 mil vezes mais altos do que o normal. A investigação da Autoridade Norueguesa de Radiação e Segurança Nuclear usou um veículo controlado remotamente para sondar o naufrágio do submarino Komsomolets, que está mais de 2.500 metros de profundidade no fundo do mar.

A medida mais alta registrada pelos pesquisadores foi de 800 Becquerel por litro; os níveis de radiação nesse corpo de água normalmente permanecem em torno de 0,001 Bq por litro, disse a Autoridade. "Este é, certamente, um nível mais alto do que seria normalmente medido no mar, mas os níveis que encontramos agora não são alarmantes", garantiu a líder da expedição, Hilde Elise Heldal, do Instituto de Pesquisa Marinha da Noruega.

Duas ogivas nucleares e um reator nuclear permanecem a bordo do submarino. Autoridades russas e norueguesas monitoram periodicamente os níveis de radiação e os riscos de poluição no local. Fazia 39 dias que o Komsomolets estava patrulhando as águas quando um incêndio começou em um compartimento e se espalhou rapidamente pelo submarino em 7 de abril de 1989, 42 homens morreram no incêndio ou enquanto aguardavam o resgate.