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O Supremo Tribunal do Reino Unido decidiu na sexta-feira que os motoristas da Uber deveriam ser classificados como empregados e não contratados, após uma batalha legal de anos sobre melhores condições de trabalho| Foto: Ben STANSALL/AFP

A Uber será obrigada a pagar um salário mínimo e outros benefícios a um grupo de ex-motoristas no Reino Unido, decidiu a Suprema Corte britânica nesta sexta-feira (19). A corte manteve as decisões de tribunais inferiores que concederam ao grupo de 25 motoristas um tipo de status de emprego no país, com vínculo com a Uber.

A empresa havia recorrido, sustentando que seus motoristas de serviço de automóveis e entrega de alimentos são autônomos, sem direitos trabalhistas. Embora a decisão de sexta-feira se aplique diretamente apenas aos ex-motoristas do Uber envolvidos, ela abre um precedente potencial para outros no Reino Unido que trabalham para empresas na economia de compartilhamento, no qual os aplicativos distribuem tarefas individuais para um grupo de pessoas que os fabricantes de aplicativos consideram contratantes independentes .

A Uber disse que a decisão não reclassifica automaticamente todos os motoristas do aplicativo e observou que, desde que o caso foi aberto, acrescentou benefícios aos trabalhadores, como seguro por doença e lesões. "Estamos comprometidos em fazer mais e agora consultaremos todos os motoristas ativos em todo o Reino Unido para entender as mudanças que eles desejam ver", disse Jamie Heywood, chefe regional do Uber para a Europa do Norte e Leste.