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Dilma durante cúpula dos Brics. | EFE
Dilma durante cúpula dos Brics.| Foto: EFE

A cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) foi encerrada ontem em Ufa, na Rússia, com uma declaração a favor de um “mundo multipolar”, contra a influência dos Estados Unidos, e a formalização da criação de seu novo sistema financeiro, mas sem fazer referência ao papel de Moscou na crise ucraniana.

Os líderes, entre elas a presidente Dilma Rousseff, acertaram a criação do Novo Banco de Desenvolvimento e do Fundo de Reservas do bloco, com recursos de US$ 200 bilhões. A ideia é financiar projetos de desenvolvimento e obras de infraestrutura nos países do bloco. O início do funcionamento do banco foi considerada pelos cinco líderes como um marco no desenvolvimento do bloco.

Caráter político

A declaração de 77 pontos aprovada pelos líderes respaldou a aspiração de Moscou de imprimir ao bloco um caráter político, de coordenação de posições nas instâncias internacionais e de combate ao unilateralismo promovido pelos Estados Unidos.

A declaração informou que os Brics rejeitam “as intervenções militares e as sanções econômicas unilaterais” e insistem que devem ser descartados “os dois pesos e duas medidas” nas relações internacionais.

Sobre a crise da Ucrânia, pela qual a Rússia foi expulsa do G8 e enfrenta sanções econômicas, a cúpula indicou que “não há uma solução militar ao conflito”, defendeu “diálogo político” e o cumprimento dos acordos de paz de Minsk, mas sem fazer referência à anexação da Crimeia pela Rússia.

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