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Cidade do México – O presidente George W. Bush concluiu ontem a viagem de seis dias pela América Latina, onde tentou sem muito sucesso melhorar a sua imagem e a dos Estados Unidos. Dezenas de pessoas ficaram feridas na terça-feira no México quando uma manifestação de centenas de militantes de esquerda, estudantes, sindicalistas e ecologistas terminou em garrafadas, pedradas e banhos de tinta nos policiais que protegiam a embaixada dos Estados Unidos.

Estas manifestações, que acompanharam Bush durante passagem pelos cinco países, em poucas ocasiões reuniram mais que algumas centenas de pessoas e só registraram incidentes isolados. No entanto, deixaram claro o movimento anti-americano e antiliberal que se viu consideravelmente reforçado na região nos últimos meses, devido à oposição à guerra no Iraque e à política de livre comércio dos Estados Unidos, ao sentimento de terem sido relegados a segundo plano pela luta contra o terrorismo e o narcotráfico, e à hostilidade global em relação a Bush.

O inimigo número um de Bush, o presidente venezuelano Hugo Chávez, tirou vantagem deste ressentimento organizando uma contraviagem. Bush viajou à região para dizer que sua política latino-americana não se resumia à negociação de acordos de livre comércio, ao mesmo tempo em que destacou os benefícios do livre comércio. Mas à medida em que a viagem de Bush se aproximava do fim, a imigração, mencionada discretamente em Brasil, Uruguai e Colômbia, foi recuperando sua posição de tema fundamental para toda a região.

O presidente guatemalteco Oscar Berger lhe disse que gostaria de um compromisso firme para pôr fim às deportações de imigrantes em situação irregular de seu país. Seu colega mexicano, Felipe Calderón, criticou abertamente a construção de um muro de cerca de 1.000 quilômetros ao longo de um terço da fronteira comum.

Os problemas domésticos também acompanharam Bush durante toda a viagem. Saiu dos Estados Unidos no momento em que um ex-funcionário da Casa Branca se declarou culpado de ter mentido à Justiça. E o regresso acontece em meio a uma controvérsia a respeito da destituição de procuradores federais.

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