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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse na sexta-feira que gostaria de ver as tropas americanas fora do Iraque o mais rápido possível, mas reiterou a determinação dos EUA de permanecer no país até que o governo iraquiano seja capaz de garantir sozinho a segurança.

Com o objetivo de responder às especulações de que a morte de Abu Musab al-Zarqawi na quarta-feira abriria caminho para o início da retirada das forças dos EUA, Bush afirmou que a morte do chefe da Al-Qaeda no Iraque "ajudará muito", mas não vai encerrar a guerra.

- Não quero que o povo americano ache que se ganha uma guerra com a morte de uma pessoa - disse Bush em entrevista coletiva conjunta com o premier dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, na propriedade presidencial de Camp David.

A morte de Zarqawi deu a Bush uma vitória que ele precisava desesperadamente para recuperar a confiança do povo americano e seus índices de popularidade. Foi a conquista mais significativa desde a captura de Saddam Hussein, em dezembro de 2003.

Apesar da pressão dos democratas para que a retirada das tropas comece até o fim do ano, Bush manteve-se firme e não deu nenhum cronograma para a saída dos cerca de 130 mil soldados dos EUA que estão no Iraque.

- Já disse ao povo americano que gostaria de retirar nossas tropas o mais rápido possível. Mas a definição do "mais rápido possível" depende de nossa vitória no Iraque ... e a vitória no Iraque é ter um país capaz de se sustentar, de se governar e de se defender.

Bush disse ter certeza de que a Al-Qaeda tentará se reagrupar após a morte do militante de origem jordaniana, com o objetivo de realizar novos ataques.

- A eliminação de Zarqawi é um grande golpe contra a Al-Qaeda. Não vai acabar a guerra e certamente não acabará com a violência, mas vai ajudar muito - disse Bush.

Ele descreveu o governo iraquiano como uma "democracia nova em folha", e disse aos americanos:

- Ela precisa de uma certa dose de paciência.

Na quinta-feira, Bush disse deve discutir na próxima terça, com os líderes iraquianos, como "alocar melhor os recursos dos EUA no Iraque". No entanto, uma importante autoridade da Casa Branca advertiu que o presidente não estava sinalizando uma possível redução do número de soldados.

Bush pretende se reunir com integrantes de seu gabinete e da equipe de segurança nacional na segunda-feira em Camp David, para na terça participar de uma discussão por teleconferência com o novo embaixador do Iraque nos EUA e com o premiê iraquiano, Nuri al-Maliki, além de membros do gabinete do Iraque.

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