• Carregando...

Washington – Os presidentes dos EUA, George W. Bush, e do Paquistão, Pervez Musharraf, evitaram ontem se envolver em uma disputa diplomática sobre as supostas ameaças de Washington de bombardear o Paquistão caso o país não colaborasse na luta contra o terrorismo após o 11 de setembro. Em entrevista coletiva, Bush e Musharraf fizeram elogios mútuos após o primeiro de dois encontros em cinco dias, para analisar o andamento da luta antiterrorista, entre outros.

Um dos principais assuntos abordados entre ambos os presidentes foi o recente pacto de não-agressão assinado entre o governo paquistanês e as tribos da fronteira nordeste com o Afeganistão, em uma área onde, segundo as suspeitas, pode estar escondido o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Esse pacto causou preocupação aos EUA, que temem que a atitude possa criar um refúgio para Bin Laden e os simpatizantes do regime do Taleban em uma zona praticamente inalcançável.

O acordo também gerou críticas do Afeganistão, que, junto com o Paquistão, é acusado de não fazer o suficiente na luta contra o terrorismo, e onde a violência cometida pelo Taleban aumentou drasticamente nos últimos tempos, na zona fronteiriça. Musharraf defendeu esse pacto, que disse representar "uma maneira integral de lutar contra o terrorismo".

Bush, por sua vez, expressou seu apoio a Musharraf e disse que ele "prometeu que o acordo tem como objetivo rejeitar a ‘talebanização’ do povo, e não haverá nem um movimento taleban nem uma rede Al Qaeda" no Paquistão.

Bush se encontrará com o presidente afegão, Hamid Karzai, na segunda-feira. Na terça, Musharraf, Karzai e Bush terão uma reunião tripartite, na qual o acordo será analisado profundamente.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]