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O presidente dos EUA, George W. Bush, pediu a seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na terça-feira, que enviem mais soldados capazes de entrar em combate na missão mais perigosa da entidade, no Afeganistão.

O apelo foi feito horas antes de uma cúpula da qual devem participar os líderes dos países-membros da aliança.

``A fim de termos sucesso no Afeganistão, os aliados da Otan precisam enviar as forças que os comandantes militares da Otan requisitarem'', afirmou Bush em uma entrevista coletiva concedida ao lado do presidente da Estônia, Toomas Hendrik Ilves, em Tallinn.

Bush está a caminho da vizinha Letônia para participar da cúpula da entidade.

``Assim como a Estônia, os países-membros precisam aceitar as missões difíceis se quisermos ter sucesso'', disse o presidente norte-americano, em uma referência velada aos países que impõem condições sobre onde, quando e como seus soldados podem ser usados nas missões da Otan.

O secretário-geral da aliança, Jaap de Hoop Scheffer, disse, em uma conferência sobre questões de segurança realizada em Riga, ser inaceitável que as forças da Otan no sul do Afeganistão, o principal palco de operações dos combatentes do Taliban, estejam com um contingente 20 por cento abaixo do necessário.

``No momento em que precisamos de forças de combate que consigam atuar também na área de reconstrução, não podemos ter militares capazes de atuar apenas na área de reconstrução e incapazes de entrar em combate'', afirmou o secretário-geral.

``O Afeganistão é uma missão possível'', disse de Hoop Scheffer. ``Ao mesmo tempo em que temos de ser francos sobre os riscos, também temos de evitar exageros a respeito das dificuldades.''

O secretário-geral deu suas declarações um dia depois de um homem-bomba ter matado dois soldados canadenses no sul do Afeganistão.

Esse foi o ataque mais recente ocorrido na região e levou o ministro das Relações Exteriores do Canadá a avisar que o apoio da opinião pública para a missão poderia desaparecer se os demais integrantes da Otan não ajudarem os militares canadenses.

Soldados do Canadá, da Grã-Bretanha e da Holanda arcam com o grosso dos intensos conflitos travados com as milícias islâmicas no sul do Afeganistão. Os outros países enviaram seus soldados para áreas relativamente mais tranquilas, como o norte e o oeste do país, e Cabul.

O comandante militar da Otan diz que precisa de mais 2.500 soldados além dos 32 mil existentes, de mais helicópteros e de mais flexibilidade para usar as forças aliadas presentes atualmente no território afegão.

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