O presidente dos EUA, George W. Bush, vai reeditar nesta quinta-feira sua estratégia de segurança nacional centrada na doutrina do ataque preventivo contra terroristas e Estados considerados hostis com armas nucleares, químicas ou biológicas, apesar da turbulenta experiência no Iraque. Em 2002, a edição da doutrina abriu caminho para o ataque contra o Iraque do então ditador Saddam Hussein, sob a alegação de que o país árabe possuía armas de destruição em massa. Até hoje elas não foram encontradas.

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"Lutamos com nossos inimigos no exterior em vez de esperar que eles cheguem ao nosso país. Buscamos formar o mundo, não meramente ser formado por ele, e influenciar eventos para melhor em vez de ficar à mercê deles", diz o documento.

A versão atualizada, a primeira em mais de três anos, identifica o Irã como o país que representa o maior desafio aos Estados Unidos. Atualmente, o programa nuclear iraniano está sendo discutido pelo Conselho de Segurança da ONU. Superpotências do Ocidente temem que Teerã possa estar usando o programa com fins bélicos, o que é negado pelos líderes da nação islâmica.

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O documento estratégico enfatiza o caminho da diplomacia para resolver a crise do Irã, mas não revela que caminhos seriam tomados no caso de fracasso das negociações. A nova versão da diretriz de segurança nacional não menciona uma ameaça direta à Coréia do Norte, que afirmou já ter desenvolvido armas nucleares.

O documento cita outras preocupações em relação ao Irã: que o país apóia o terrorismo, ameaça Israel, busca comprometer a paz no Oriente Médio, prejudica a democracia no Iraque e nega liberdade aos iranianos. O relatório afirma que o país só poderá resolver seus problemas se tomar a decisão estratégica de mudar, abrindo seu sistema político e permitindo liberdade.

"Esse é o principal objetivo da política americana. Enquanto isso, vamos continuar a tomar todas as medidas necessárias para proteger nossa segurança nacional e econômica contra os efeitos adversos de sua má conduta", disse o documento.