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O presidente dos EUA, George W. Bush, disse a um importante político xiita do Iraque que não está satisfeito com o ritmo do progresso no Iraque, no momento em que aguarda recomendações de uma comissão sobre como mudar os rumos da guerra.

Seu encontro na Casa Branca com Abdul Aziz al-Hakim, um poderoso líder da maioria xiita, parece sinalizar um maior envolvimento direto de Bush na tentativa de conter a violência sectária para estabilizar o país, algo fundamental para qualquer plano de retirada de tropas americanas.

A reunião ocorre dois antes de Bush, sob intensa pressão pública para alterar a estratégia no Iraque, receber propostas do bipartidário Grupo de Estudos do Iraque, que tem como um de seus chefes o ex-secretário de Estado James Baker.

Bush disse que ele e Hakim conversaram sobre a necessidade de que ``os líderes eleitos e líderes da sociedade rejeitem os extremistas que vêm tentando barrar o avanço desta jovem democracia.''

Hakim encabeça o movimento SCIRI (Conselho Supremo para Revolução Islâmica no Iraque), cujo braço armado, a Brigada Badr, é acusado de comandar esquadrões da morte que atacam sunitas iraquianos, algo que o grupo nega.

``Eu disse a ele que não estamos satisfeitos com o ritmo do progresso no Iraque e que queremos continuar a trabalhar com o governo soberano do Iraque para conquistar nossos objetivos comuns, que é um país livre que possa se governar, se sustentar e se defender'', declarou Bush.

Hakim disse que os vizinhos do Iraque não devem se envolver nos assuntos do país. Ele insistiu em dizer que o governo iraquiano está ``determinado a combater a violência'' e afirmou que ``a questão iraquiana deve ser resolvida pelos iraquianos'' com ajuda de seus amigos.

``Rejeitamos qualquer tentativa de criar um papel regional ou internacional para resolver a questão iraquiana'', declarou.

Na semana passada, Bush encontrou na Jordânia o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, e assegurou-o de que apóia seu governo. Os líderes concordaram em acelerar o treinamento das forças iraquianas para que substituam as tropas americanas.

A situação no Iraque, qualificada agora pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, como uma guerra civil, será o tema de um encontro na quinta-feira em Washington entre Bush e o premiê britânico, Tony Blair. Bush nega que o Iraque esteja em guerra civil.

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