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Washington – O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, vetou na tarde de ontem o projeto de lei que impunha um prazo para a retirada das tropas norte-americanas do Iraque.

A proposta, de autoria dos democratas (rivais dos republicanos, como Bush), vinculava a atribuição de fundos para a Guerra do Iraque e do Afeganistão com a adoção de um calendário para a retirada das tropas do país árabe.

O veto aconteceu após a chegada do presidente à Casa Branca, depois de uma visita à Flórida, e poucas horas após o projeto de lei, patrocinado pela maioria democrata no Congresso, chegar a seu escritório.

Teoricamente, o Congresso norte-americano pode derrubar o veto de Bush e fazer valer a lei aprovada pelos parlamentares. Mas para isso são necessários os votos de 2/3 (dois terços) dos congressistas. E os democratas não têm todos esses votos – tanto é que a aprovação dessa lei na Câmara e no Senado se deu por uma diferença muito pequena.

Logo, o que deve prevalecer após todo esse confronto entre Bush e os democratas é a vontade do presidente republicano: o orçamento para manter os soldados no Iraque (mais de 140 mil) será sancionado e o prazo para a retirada das tropas será vetado.

O projeto de lei foi assinado e enviado pela democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Representantes (o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil). O projeto de lei exigia o início da retirada das tropas americanas do Iraque a partir de outubro.

"Peço ao presidente para promulgar" o projeto de lei sobre o financiamento das guerras no Iraque e Afeganistão, condicionado à retirada de tropas que deve começar no mais tardar em outubro, afirmou Pelosi.

"Um veto supõe negar aos nossos militares os recursos e a estratégia de que necessitam", declarou o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, durante a cerimônia de assinatura do projeto de lei.

Os líderes democratas fizeram com que coincidisse a apresentação do projeto com o aniversário do discurso triunfal de Bush sobre o Iraque, em 1.º de maio de 2003. Na data, Bush declarou que as principais operações de combate no Iraque tinham terminado.

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