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As expectativas de diálogo entre o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e o governo golpista, liderado por Roberto Micheletti, aumentaram nesta quinta-feira (1º), no momento em que crescem as pressões para a remoção das restrições às liberdades civis. Um grupo de legisladores do Brasil visita o país da América Central para discutir os esforços a fim de reiniciar a mediação da crise, bem como as condições da embaixada do País, na qual Zelaya está abrigado desde seu retorno a Tegucigalpa, no dia 21 do mês passado.

Zelaya foi deposto pelos militares no dia 28 de junho, após irritar os líderes políticos e empresariais do país ao convocar um referendo para alterar a Constituição. Muitos viam a medida como uma tentativa de reeleição do então presidente.

Após um primeiro esforço de mediação para encerrar a crise ter fracassado, um graduado representante da Organização dos Estados Americanos (OEA) disse na quarta-feira (30) que o diálogo entre Zelaya e o governo interino poderia recomeçar na semana que vem. "As coisas são muito positivas", afirmou John Biehl, representante especial do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza.

"O diálogo provavelmente vai começar quando os ministros de Relações Exteriores estiverem aqui", disse Biehl, referindo-se à missão da OEA que inclui Insulza e chanceleres da região. A comitiva deve chegar a Honduras no dia 7 de outubro. Para preparar a missão, os membros da OEA que foram expulsos de Honduras no domingo devem retornar nesta sexta-feira (2) ao país, após um novo convite do governo de facto.

Numa tentativa de voltar à normalidade, o governo golpista retirou o toque de recolher noturno, instituído desde que Zelaya voltou ao país na semana passada. Mas há divisões entre os integrantes do governo de Roberto Micheletti a respeito do decreto que suspendeu os direitos de reunião e de livre expressão.

Na manhã de quarta-feira (30) policiais e soldados impediram um protesto de partidários de Zelaya que estavam acampados fora da capital. A polícia também impediu protestos contra o fechamento de uma emissora de rádio e outra de televisão.

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