Diferentes forças políticas e movimentos egípcios convocaram para esta sexta-feira (23) uma nova mobilização na Praça Tahrir, no Cairo, para protestar pelo uso da força contra os manifestantes durante a última semana.

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O protesto, intitulado "Sexta-feira para recuperar a honra", procura lembrar as vítimas dos choques que ocorreram entre a sexta-feira passada e a última terça-feira nas imediações do Conselho de Ministros e do Parlamento entre as forças militares e os manifestantes, que pedem a saída da junta militar.

Ao menos 17 pessoas morreram e quase mil ficaram feridas em distúrbios nos quais também foram registradas agressões a mulheres e crianças, o que causou uma grande repercussão midiática tanto dentro quanto fora do Egito.

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Os protestos desta sexta partirão de três pontos, um deles a mesquita de Al-Azhar, a instituição sunita mais prestigiada do mundo islâmico, onde serão recitadas orações em memória das pessoas assassinadas, entre elas o imame Emad Efat.

Também haverá uma manifestação de mulheres para condenar os ataques contra as ativistas e outra para pedir a proteção das crianças envolvidas nos atos de violência.

Segundo o jornal oficial "Al-Ahram", partidos como o Al-Wasat (islâmico moderado) e o Social-Democrata, assim como o movimento 6 de Abril, participarão da manifestação.

Por outro lado, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), da Irmandade Muçulmana, tomou distância do protesto, embora tenha liberado seus simpatizantes para que participem dos atos a título individual.

Nesta semana, o grupo apoiou a iniciativa da junta militar de ceder o poder a um presidente eleito antes de 30 de junho de 2012, contrariando a postura dos manifestantes na Tahrir, que pedem a saída imediata dos militares, a máxima autoridade desde a renúncia do presidente Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro.

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