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O estado da Califórnia cancelou na madrugada desta quarta-feira (noite de terça-feira no horário local) a execução do hispânico Michael Morales após dois anestesistas terem se recusado a participar do processo letal em San Quentin, alegando razões éticas. As autoridades não divulgaram uma data para a retomada do procedimento. Morales foi condenado por estupro e assassinato de uma adolescente americana de 17 anos, em 1981.

A execução do detento de 46 anos, inicialmente prevista para o primeiro minuto desta quarta-feira, provocou uma campanha sem precedentes de apelações de último minuto que voltou a trazer à tona as discussões sobre a pena capital e as suas formas de aplicação. No debate, os médicos ganharam agora lugar de protagonistas.

As principais associações médicas e de anestesistas dos EUA manifestaram oposição ao processo vigente, em que um funcionário da área sanitária se encarrega de administrar a mistura letal de substâncias.

Na semana passada, Priscilla Ray, presidente do Conselho de Ética e Assuntos Judiciais da Associação Médica Americana, condenou o requerimento de anestesistas presentes ao procedimento:

"O uso das habilidades e clínicas dos médicos para propósitos outros que não a promoção da saúde e o bem-estar dos indivíduis contraria os fundamentos éticos básicos da medicina - em primeiro lugar, não ferir", escreveu a médica em nota.

Até agora, a mistura letal é dada a condenados por meio de uma "mão invisível", através de um tubo intravenoso em um compartimento ao lado da câmara de execuções da prisão.

A equipe de defesa de Morales apresentou vários recursos sob o argumento de que o método de execução é cruel, contrariando a Constituição americana.

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