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A forte e contínua onda de calor na Argentina mantém elevada a demanda por energia elétrica, o que provoca falhas no fornecimento do serviço. Alguns bairros da capital Buenos Aires sofrem com cortes de energia e os motoristas enfrentam longas filas para abastecer os carros devido à redução da oferta de combustíveis. A Cammesa, distribuidora de energia, afirma que o sistema argentino tem oferta suficiente para atender o consumo no verão. No entanto, técnicos da empresa estão preocupados com a falta de gás para alimentar as centrais térmicas, que estão substituindo o fluído por combustíveis líquidos, como o óleo diesel, onerando o sistema.

"O problema da falta de gás é profundo durante o inverno e agora também, no verão", explicou uma fonte da empresa. No último verão, os técnicos não registraram problemas graves com a falta de gás. Mas, ontem, quando os termômetros do Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) marcaram sensação térmica de 40,3º C, o sistema entregou 49 milhões de metros cúbicos de gás, mas faltaram cerca de 10 milhões de metros cúbicos para atender toda a demanda das centrais.

O que falta nos dias mais quentes, como os verificados nesta semana, é coberto com óleo combustível, com um custo diário de US$ 4 milhões para a Cammesa. A escassez de gás evidencia a queda na produção e o crescimento da demanda elétrica. De acordo com os números do Instituto Argentino de Petróleo e Gás (IAPG), a produção de gás em outubro foi de 127,813 milhões de metros cúbicos, quase 8% abaixo dos 138,480 milhões de metros cúbicos do mesmo mês de 2004, quando a crise energética começou a atingir a Argentina.

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