O Capitólio, sede do Congresso americano: oposição republicana no Senado questiona projeto porque considera que esses direitos não estão ameaçados| Foto: EFE/EPA/SHAWN THEW
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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (19) uma lei que estabelece proteção federal para casamentos entre pessoas do mesmo sexo e inter-raciais no país.

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A matéria foi aprovada com 267 votos favoráveis e 157 contrários, com 47 parlamentares republicanos se juntando à maioria democrata para apoiar a proposta. Os líderes republicanos não orientaram a bancada a votar contra o projeto.

Os parlamentares democratas alegaram que esses direitos precisam ser “protegidos” devido à recente decisão da Suprema Corte de devolver aos estados americanos a liberdade de voltar a legislar sobre o aborto como preferirem.

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Os progressistas defendem que a interrupção voluntária da gravidez é um direito, o que foi negado pela última instância do Judiciário americano, ao alegar que o aborto não é um dos direitos não mencionados explicitamente na Constituição “profundamente enraizados na história e tradição desta nação”.

A deputada democrata Mary Gay Scanlon criticou o que chamou de “maioria extremista de direita na Suprema Corte” e cobrou que o projeto aprovado nesta terça-feira também passe no Senado, onde os dois partidos dividem a casa.

“Eles [senadores] votarão para proteger essas liberdades fundamentais? Ou eles vão votar para deixar os estados tirarem essas liberdades?”, afirmou.

Entretanto, senadores republicanos disseram que não são contrários aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo e inter-raciais, apenas que não enxergam necessidade de haver uma lei federal para protegê-los.

“Não acho que este seja um problema real. Acho que os democratas estão exagerando”, disse o líder da minoria no Senado, John Thune, ao HuffPost. “Acho que isso é tudo teatro [dos democratas].”

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O senador republicano Josh Hawley disse que deve votar contra o projeto porque eventuais questionamentos a casamentos entre pessoas do mesmo sexo e inter-raciais no país não prosperariam na Suprema Corte. “O pressuposto disso está simplesmente errado. Não acho que a Suprema Corte vá derrubar nada disso”, criticou.

“Onde está a ameaça? Por que eles não tratam dos assuntos que estão preocupando a população?” disse o também republicano Marco Rubio, citando a inflação nos Estados Unidos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]