O candidato da chanceler alemã Angela Merkel à Presidência da Alemanha venceu o terceiro turno do pleito depois que integrantes de sua coalizão não conseguiram, por duas vezes, dar a Merkel a maioria absoluta que ela precisava.
Com a eleição presidencial indo ao terceiro turno apenas pela terceira vez na história do pós-guerra, o candidato de Merkel, Christian Wulff, venceu Joachim Gauck, um militante defensor de direitos civis sem partido alinhado à centro-esquerda, em uma assembleia especial para eleger o chefe de Estado.
Depois de duas tentativas frustradas de obter maioria simples, Wulff obteve finalmente 625 dos 1.242 votos possíveis na terceiro e último turno de votação. Seu principal oponente, Joachim Gauck, conseguiu 494 votos.
Apesar de Wulff ter conseguido mais da metade dos votos em disputa no terceiro turno, a necessidade da terceira rodada de votação representou um constrangimento para o governo, uma vez que o candidato de Merkel para a presidência do país não conseguiu a maioria necessária nos dois primeiros turnos, também realizados hoje, apesar de a coalizão governista possuir maioria de 21 cadeiras no Parlamento.
Ao mesmo tempo, a vitória de seu candidato representa um alívio para Merkel. Apesar de esta não ser a primeira vez na qual o presidente alemão é eleito somente no terceiro turno, a votação era amplamente vista como um teste para a chanceler alemã depois de uma sucessão de reveses políticos.
"É uma derrota para Merkel. Isto é óbvio", avalia Wichard Woyke, professor de ciências políticas da Universidade de Münster. "É um golpe para ele e para sua coalizão de partidos de centro-direita, pois Wulff era um candidato de consenso."
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