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| Foto: MARCOS BRINDICCI/REUTERS

Faltando pouco mais de um mês para as eleições presidenciais do próximo dia 25 de outubro, o candidato kirchnerista Daniel Scioli, que segundo recentes pesquisas cresceu e tem chances de vencer no primeiro turno, apresentou seu programa de governo e prometeu crescimento, recuperação de investimentos, redução da inflação e, tudo isso, “sem ajuste”.

As propostas de Scioli, atual governador da província de Buenos Aires, a mais importante da Argentina, foram apresentadas num teatro portenho, com a presença dos principais membros do gabinete da presidente Cristina Kirchner. A chefe de Estado esteve ausente, já que está acompanhando a visita do Papa a Cuba e, logo depois, participará da assembleia anual das Nações Unidas, em Nova York.

“Alcançaremos gradualmente uma inflação de um dígito, mas nunca com uma política de ajuste”, declarou Scioli, que nas últimas semanas cresceu nas pesquisas e ampliou sua vantagem em relação ao prefeito portenho Mauricio Macri, principal candidato da oposição.

Até pouco tempo atrás, Scioli estava na liderança, mas não conseguia aumentar sua diferença com Macri, que oscilava entre seis e oito pontos percentuais. Para vencer no primeiro turno, o governador precisa obter 45% dos votos ou 10% de vantagem frente ao segundo colocado. De acordo com pesquisa da empresa de consultoria Rouvier & Associados, atualmente as intenções de voto a favor de Scioli alcançam 41,2%, contra 31,15% de Macri. Outras pesquisas mostraram um cenário similar.

“O único que está nervoso é o governo”, disse o prefeito portenho, tentando transmitir um clima de tranquilidade entre os opositores.

Macri foi prejudicado por um escândalo desencadeado no começo de setembro, envolvendo um de seus candidatos a deputado, o jornalista esportivo Fernando Niembro. Segundo denúncia que está sendo investigada pela Justiça, uma empresa de Niembro obteve contratos milionários com o governo da cidade de Buenos Aires.

“O assunto está esgotado... está em mãos da Justiça”, afirmou Macri, esta semana.

A oposição vem especulando com um suposto acordo entre Scioli e deputado Sergio Massa, também candidato à Presidência. Massa foi chefe de gabinete de Cristina, mas rompeu com o governo em 2013 e desde então é um dos dirigentes de peso da oposição. Segundo setores vinculados a Macri, Scioli e Massa selaram um pacto para impedir que o prefeito portenho dispute um segundo turno com o candidato kirchnerista.

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