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O francês Jean Dujardin, por The Artist , e a americana Kirsten Dust, por Melancolia, ganharam os troféus de interpretação | Valéry Gache/AFP e Vincent Kessler/Reuters
O francês Jean Dujardin, por The Artist , e a americana Kirsten Dust, por Melancolia, ganharam os troféus de interpretação| Foto: Valéry Gache/AFP e Vincent Kessler/Reuters

Premiados

Confira os vencedores do 64º Festival de Cannes:

- Palma de Ouro: A Árvore da Vida, de Terrence Malick (Estados Unidos)

- Grande Prêmio do Júri: O Garoto de Bicicleta, de Luc e Jean-Pierre Dardenne (Bélgica/França); e Era uma vez na Anatólia, de Nuri Bilge Ceylan (Turquia)

- Diretor: Nicolas Winding Refn, por Drive (EUA)

- Atriz: Kirsten Dunst, por Melancolia (Dinamarca)

- Ator: Jean Dujardin, por The Artist (França)

- Roteiro: Footnote, de Joseph Cedar (Israel)

- Prêmio do Júri: Polisse, de Maiwenn Le Besco (França)

- Caméra d’Or (melhor primeiro longa-metragem): Las Acacias, de Pablo Giorgelli(Argentina)

- Curta-metragem: Cross Country, de Maryna Vodra (Ucrânia)

- Menção especial: Maillot de Bain 46, de Wannes Destoop (Bélgica)

Coube ao mais esperado filme da seleção oficial, A Árvore da Vida, o grande prêmio do 64.º Festival de Cannes. O quinto longa-metragem do diretor americano Terrence Malick, interpretado e produzido por Brad Pitt, saiu da Croisette com a Pal­­ma de Ouro. Há 32 anos, Malick ganhara, aqui, o prêmio de me­­lhor diretor por Cinzas no Paraíso. Depois disso, ficou 19 anos sem filmar. Desde então, nunca mais participou de entrevistas ou eventos.

"Quase todos nós achamos que esse era o grande filme’’, disse Robert de Niro, presidente do júri. "A decisão foi difícil, porque havia outros muito bons. Mas Ma­­­­lick fez um trabalho incrível.’’

O memorável trabalho do cineasta, um poema visual sobre a perda e a fé, protagonizara, durante a projeção para a im­­prensa, uma guerra entre vaias e aplausos. Era, porém, o grande favorito na bolsa de apostas dos críticos da revista Le Film Français, que circulava diariamente no festival. Enquanto aumentavam as expectativas em torno da premiação do filme, cresciam os ru­­mores de que Malick, apesar de não ter participado de nenhuma cerimônia oficial, estava em Can­­nes. E se escapou dos paparazzi é porque, depois de tantos anos sem uma só foto publicada, é quase impossível reconhecê-lo entre os milhares de senhores de cabelos brancos que circulam por aqui.

Trier recompensado

Também previsíveis foram os prêmios de melhor atriz e ator, entregues a Kirsten Dunst e Jean Dujardin. Kirsten (de Maria An­­to­­nieta) teve, indiscutivelmente, no filme de Lars von Trier, seu grande papel no cinema.

Ao subir ao palco, fez questão de agradecer o diretor, que a co­­locou em Melancolia. Antes, po­­rém, respirou fundo e brincou: "Que semana esta!’’.

Quan­­­­do Trier, na coletiva de imprensa sobre seu filme, de­­clarou-se "na­­zista’’, a atriz dei­­xou claro seu constrangimento.

Esperta­­men­­te, ela foi a única dentre os premiados a não comparecer à conferência de im­­prensa que se seguiu à cerimônia de premiação.

Esta edição coroou também o destino de invictos dos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Darden­­ne. Todos os filmes da dupla que vieram a Cannes foram laureados – dois deles com a Palma de Ouro. Desta vez, receberam o Grande Prêmio do Júri, por O Ga­­roto de Bicicleta.

O mesmo prêmio foi entregue ao turco Nuri Bilge Ceylan (de Três Macacos), de Era uma Vez em Anatólia, definido, por ele mesmo, como "longo, difícil".

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