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Foto com data desconhecida mostra a embarcação Maersk Alabama, capturada na manhã de ontem a cerca de 500 quilômetros a sudeste de Eyl, cidade no nordeste somali | AFP
Foto com data desconhecida mostra a embarcação Maersk Alabama, capturada na manhã de ontem a cerca de 500 quilômetros a sudeste de Eyl, cidade no nordeste somali| Foto: AFP
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Nairóbi, Quênia - A tripulação de 20 norte-americanos do navio de bandeira dos EUA que havia sido sequestrado por piratas somalis na manhã de ontem, retomou o controle da embarcação no fim da tarde, mas o capitão ainda era mantido como refém num bote salva-vidas até o fechamento desta edição, às 21h, segundo informações de pelo menos três pessoas que estão no navio.

Funcionários norte-americanos disseram que um navio de guerra dos EUA e outras seis embarcações estavam a caminho do local.

"Neste momento, eles pretendem manter nosso capitão e trocá-lo por um resgate e nós estamos tentando resgatá-lo", disse o segundo marujo Ken Quinn à CNN em entrevista ao vivo, depois de a emissora de tevê a cabo ter telefonado para o navio.

"Nós mantivemos um deles como refém, tínhamos um pirata. Ele ficou conosco por 12 horas. Nós o amarramos. Nós o devolvemos, mas eles não entregaram o capitão", disse Quinn.

O capitão estava num bote salva-vidas com os piratas, disse Quinn. "Neste momento, estamos tentando oferecer a eles o que podemos, ou seja, comida. Mas não está funcionando tão bem", afirmou Quinn.

A empresa que opera o navio confirmou que ele foi retomado pela tripulação e disse que os sequestradores haviam deixado a embarcação com um integrante da tripulação.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acompanha de perto da situação, disse o conselheiro de política externa, Denis McDonough.

O Maersk Alabama, de 17 mil toneladas, levava materiais de emergência para Mombaça, no Quênia, quando foi capturado, informou a A.P. Moller-Maersk, operadora do cargueiro, sediada em Copenhague.

Foi o sexto navio sequestrado em uma semana na região, o que segundo analistas ocorre pela nova estratégia dos piratas somalis de operarem fora da área onde embarcações internacionais de combate têm patrulhado, no Golfo do Áden.

A comandante Jane Campbell, porta-voz da 5ª Frota da Marinha dos EUA, sediada no Bahrein, disse que é o primeiro ataque "envolvendo cidadãos norte-americanos e uma embarcação de bandeira norte-americana na memória recente". Ela não precisou o período abrangido.

Os piratas somalis são combatentes treinados que frequentemente usam roupas militares e embarcações rápidas com telefones satélite e GPS. Eles costumam ter armas automáticas, lançadores de foguete e vários tipos de granada. Bem afastados da costa, esses navios operam partindo de outros maiores.

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