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O candidato, Henrique Capriles (de boné), pediu que sejam feitos panelaços na Venezuela para pedir a recontagem dos votos na eleição em que saiu derrotado para Nicolás Maduro | EFE/BORIS VERGARA
O candidato, Henrique Capriles (de boné), pediu que sejam feitos panelaços na Venezuela para pedir a recontagem dos votos na eleição em que saiu derrotado para Nicolás Maduro| Foto: EFE/BORIS VERGARA

EUA dizem que é necessária auditoria

A Casa Branca disse nesta segunda-feira (15) que realizar uma auditoria da eleição presidencial da Venezuela, vencida por estreita margem pelo sucessor escolhido pelo ex-líder Hugo Chávez, Nicolás Maduro, é um passo necessário e prudente.

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Forças Armadas garantirão respeito ao resultado das eleições

O ministro da Defesa da Venezuela, Diego Molero, assegurou que as Forças Armadas são fiadoras do resultado das eleições deste domingo (14), nos quais foi eleito o presidente encarregado Nicolás Maduro, e que o farão ser respeitado. Molero felicitou em nome das Forças Armadas tanto os ganhadores como aqueles que "não puderam obter a vitória", e pediu a eles "solidariedade, irmandade, tranquilidade e para manterem a calma".

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O candidato opositor à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, pediu nesta segunda-feira (15) um "panelaço" e mobilizações nas ruas do país para exigir a recontagem de votos caso ocorra a proclamação do governista Nicolás Maduro como ganhador do pleito de domingo (14).

Em pronunciamento à imprensa, Capriles pediu que, se acontecer a proclamação, prevista para as 20h locais (22h30 de Brasília), que "sejam ouvidas todas as panelas e caçarolas em toda a Venezuela" e que nesta terça seus partidários compareçam aos escritórios da entidade eleitoral em todo o país.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, apoiou nesta segunda-feira (15) o pedido de recontagem de votos na Venezuela, após o presidente interino, Nicolás Maduro, ter sido declarado vencedor da eleição presidencial.

Rejeição do resultado

Caprile, disse no domingo (14) que não reconhecerá os resultados nas eleições presidenciais, que deram a vitória ao candidato chavista, Nicolás Maduro, a quem considera o perdedor do pleito. "Nós não vamos reconhecer um resultado até que se conte cada voto dos venezuelanos", disse Capriles em declaração pública após o anúncio dos resultados no final do dia de votação.

Capriles pediu uma auditoria "voto por voto" e afirmou que, segundo sua contagem, houve "um resultado diferente do que foi divulgado". O líder opositor, de 40 anos, afirmou que o derrotado das eleições presidenciais foi Maduro e seu governo. "Eu digo ao candidato do governo: o derrotado no dia de hoje é o senhor. O senhor é o derrotado, o senhor e seu governo", afirmou.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que com 99,12% dos votos apurados Maduro obteve 7.505.338, 50.66% do total, 234.935 votos mais que Capriles, que obteve 7.270.403, ou 49.07%.

Capriles negou os comentários que Maduro fez sobre uma suposta proposta de um pacto em uma conversa que mantiveram após os resultados serem divulgados. "Eu não pactuo nem com a mentira nem com a corrupção, meu pacto é com Deus e com os venezuelanos", disse Capriles, ao assegurar que sua "boa intenção" quis ser "tergiversada e mal colocada para o país".

Capriles disse que vai revisar 3.200 incidências no processo eleitoral das quais tem conhecimento. "Quero falar com muita firmeza, sou um lutador como é nosso povo", afirmou. "Senhor Maduro, se o senhor antes era ilegítimo, o senhor hoje está mais carregado de ilegitimidade e o digo com toda a responsabilidade do caso", ressaltou Capriles.

O candidato opositor depois apontou que o líder chavista representa um "sistema que está se derrubando, um castelo de areia que quando tocado cai" e assegurou que quer que na Venezuela aconteçam "as mudanças que os venezuelanos querem".

Afirmou, além disso, que nas eleições deste domingo lutou contra o uso dos recursos públicos, "o abuso das instituições, tudo o que significa o poder". "Venezuela, lhes digo com muita firmeza, esta luta não terminou, esta luta terminará no dia em que a Venezuela for um país próspero", sentenciou Capriles.

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