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É verdade que o papa Bento 16 rezou ao lado de um clérigo islâmico na sua recente visita à Mesquita Azul, em Istambul, mas isso não significa que crianças católicas na sua Alemanha possam seguir esse exemplo quando participarem das festividades pré-natalinas nas escolas.

O cardeal Joachim Meisner, de Colônia, surpreendeu a muitos ao proibir, na semana passada, que os pequenos católicos rezem junto com seus coleguinhas muçulmanos, que normalmente freqüentam as festividades e peças natalinas preparadas pelas escolas.

A decisão do cardeal, poucos dias depois do gesto de conciliação feito pelo papa em Istambul, quando orou na direção de Meca, atraiu muitas críticas.

``Especialmente depois da viagem de Bento 16 à Turquia, é incrível ver que Meisner quer ser mais católico que o papa'', escreveu o jornal Koelner Stadt-Anzeiger, o principal desta cidade tradicionalmente católica da Renânia.

Meisner e seus assessores passaram os últimos dias explicando não ter nada contra que crianças de diferentes credos se juntem para cantar hinos natalinos em torno de uma árvore ou encenarem a história do Natal. O que não devem fazer é orar juntos.

Eles afirmam que as crianças católicas ficarão confusas se rezarem junto com os muçulmanos, pois estes têm uma noção diferente sobre Deus. Bento 16 rezou silenciosamente ao lado de um muçulmano, e não em voz alta, uma distinção que os adultos entendem, mas não as crianças, defendem os religiosos de Colônia.

``A imagem de Deus em religiões não-cristãs não é idêntica à de Deus como Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo'', escreveu Meisner no seu decreto cardinalício.

``Então cada comunidade só pode rezar sozinha para o seu Deus. Se isso acontecer num ambiente misto, um grupo tem de ficar em pé silenciosamente enquanto o outro reza.''

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