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Cenário de destruição pôde ser visto no local após o ataque | Reuters/Mohamed Abd El Ghany
Cenário de destruição pôde ser visto no local após o ataque| Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany

Um carro-bomba atravessou um posto policial no Delta do Nilo no Egito nesta terça-feira (24), matando 13 pessoas e ferindo mais de 130, disseram autoridades de segurança em um dos ataques mais mortais desde que o Exército depôs o presidente Mohamed Mursi em julho.

Apoiado pelo exército, o governo prometeu combater o "terrorismo negro", dizendo que a explosão na cidade de Mansoura, no norte do Cairo, não vai atrapalhar o plano de transição política que tem como próximo passo um referendo marcado para janeiro sobre uma nova constituição.

O ataque gerou um comunicado do governo egípcio declarando a Irmandade Muçulmana de Mursi uma "organização terrorista". Um relatório da agência de notícias estatal, no entanto, não acusou explicitamente o grupo de ter efetuado o ataque.

O grupo de Mursi condenou o atentado.

"Estamos diante de um inimigo que não tem religião ou nação", disse o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, que em setembro sobreviveu a uma tentativa de assassinato no Cairo.

O Exército disse que um carro-bomba foi utilizado no que chamou de "vil ataque terrorista", enquanto a presidência disse que tais ataques "só aumentam a determinação do Estado em acabar com o terrorismo."

As "unidades de combate" da polícia devem ser enviadas a todo o país, com ordens para usar munição real, relatou a TV estatal.

O Egito tem sofrido com uma das mais mortais disputas internas de sua história moderna desde que o exército depôs Mursi, primeiro líder eleito livremente do país, em 3 de julho.

As forças de segurança egípcias mataram centenas de apoiadores de Mursi como parte de uma campanha para reprimir a Irmandade Muçulmana.

Segundo alguns analistas, o Egito ainda poderá enfrentar uma insurgência islâmica, um risco agravado após uma inundação de armas contrabandeadas da vizinha Líbia.

Em um comunicado de seu escritório em Londres, a Irmandade condenou a explosão como sendo "um ataque contra a unidade do povo egípcio".

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