Um carro-bomba matou dez pessoas e feriu outras 21 perto de uma feira livre em Bagdá nesta quarta-feira, disse a polícia iraquiana. O episódio é parte de uma campanha de violência dos insurgentes apesar da forte segurança patrocinada por reforços norte-americanos.

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, está enviando outros 21.500 soldados para o Iraque, a maior parte para Bagdá, onde postos de segurança e patrulhas iraquianas e norte-americanas vêm aumentando o esforço para parar uma violência sectária que mata centenas de pessoas por semana.

Como parte dos esforços para estabilizar o Iraque, o ministro das Relações Exteriores, Hoshiyar Zebari, disse na terça-feira que autoridades de Estados regionais, incluindo o Irã e a Síria, iriam se unir aos enviados britânicos e norte-americanos em um encontro em Bagdá no próximo mês.

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Os EUA disseram que iriam ao encontro, abrindo caminho para um diálogo que há tempos vem sendo exigido.

No último ataque, na quarta-feira, a polícia disse que um carro-bomba explodiu em uma rua comercial no bairro de Bayaa da capital iraquiana, matando 10 pessoas.

O porta-voz das forças de segurança iraquianas, brigadeiro Qassim Moussawi, disse na semana passada que 30 militantes foram mortos e que 305 insurgentes foram detidos junto com outros 304 suspeitos.

``No geral, o nível de operações terroristas diminuiu notavelmente'', disse ele a jornalistas na quarta-feira.

A notícia de uma bomba matando 18 pessoas, a maioria crianças, na terça-feira na cidade de Ramadi era incorreta e foi provocada pela confusão de um ataque similar no dia anterior atribuído à Al Qaeda, disseram moradores e autoridades na quarta-feira.

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Washington acusa o Irã e a Síria de abastecer a violência no Iraque. Para os EUA, os dois países são patrocinadores do terrorismo e elementos iranianos vêm fornecendo bombas sofisticadas para serem usadas no Iraque. Os EUA também acusam a Síria de aumentar o conflito ao não controlar sua fronteira.

Zebari disse que uma reunião em meados de março seria uma chance para as potências ocidentais e regionais tentarem aparar algumas diferenças sobre o Iraque.

``Nossa esperança é que isso seja uma tentativa para romper o gelo e para abrir caminho para outras reuniões no futuro. Queremos que o Iraque, ao invés de ser uma questão divisória, seja uma questão unificadora'', disse Zebari por telefone da Dinamarca, onde está em visita.

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